Quem passa apressado todos os dias pelo local pode não perceber, mas o Setor Comercial Sul está mudando, e para a melhor. Nos últimos anos, o Governo do Distrito Federal, por meio da Secretaria de Habitação, Regularização e Desenvolvimento Urbano, a Sedhab, vem executando obras, cujo objetivo principal é facilitar a vida do pedestre, principalmente aquele que possui dificuldade de locomoção.
Um pacote de melhorias, orçado em cerca R$ 3,2 milhões e dividido em etapas, criou a chamada Via Fácil, justamente para que o pedestre, inclusive o deficiente físico, consiga ir da W3 Sul à Galeria dos Estados (pontos extremos do SCS) sem precisar desviar de nenhum obstáculo. Nela, e também em outros locais do Setor, degraus deram lugar a rampas, possibilitando o trânsito de cadeiras de rodas. Somente de dezembro para cá, três rampas foram construídas entre as quadras 1 e 6, substituindo escadarias.
Há, ainda, a chamada sinalização tátil (posta no chão), feita para os deficientes visuais, e os ressaltos, colocados juntos ao meio fio em pontos de travessia. Eles criam uma elevação na pista, para que o carro suba uma pequena lombada e o pedestre não precise descer o meio fio para atravessar. Além disso tudo, quarenta fradinhos (peças de concreto armado) foram instalados na beira das calçadas, impedindo o estacionamento. São equipamentos que garantem a locomoção de quem quer ou precisa andar a pé pelo Setor Comercial Sul.
Junto com as obras voltadas para a acessibilidade, o GDF, por meio da Sedhab, está melhorando a urbanização do SCS, projetando o plantio de árvores e grama e a instalação de nova iluminação. As árvores, como os diferentes tipos de ipê e a lophantera, dão flores o ano inteiro, permitindo que a cidade fique colorida de janeiro a dezembro. A exemplo de outros lugares do Plano Piloto, cada região do SCS receberá uma árvore que dá um tipo de flor, e assim a diferenciação será feita de acordo com as tonalidades. A grama servirá para drenar o solo, evitando grandes poças em dias de chuva forte. No caso da iluminação, que deve ficar pronta até o fim do ano, ela também será diferenciada por local, cumprindo, à noite, o papel que as flores exercem ao dia.
Paralelo a isso, praças estão sendo construídas ou revitalizadas. São oito no total. Uma delas é o Largo do Encontro, na quadra 1, importante palco de manifestações populares e assembleias de trabalhadores nos anos 1970. A outra é a Praça Jornalista Roberto Marinho, que será construída próximo ao Hospital da Rede Sara. O mesmo está sendo feito com os chamados pontos de encontro, que não têm a dimensão de uma praça, mas servem de locais para se descansar, por exemplo, em dias de muito calor.
A revitalização do Setor Comercial Sul vai implantar também coberturas entre blocos em alguns trechos, para abrigar as pessoas da chuva. Essas coberturas, inclusive, constavam do projeto original do SCS, mas nunca saíram do papel.
A execução dessas melhorias em um dos lugares mais importantes e movimentados da capital do país não tem prazo para terminar, pois são feitas de acordo com a dinâmica e as necessidades da região.