Levantamento foi feito pela Codeplan
As ações de recuperação da orla do Lago Paranoá promovidas pelo governo de Brasília desde agosto de 2015 são avaliadas como positivas por 80% da população. Além disso, os trabalhos nesse sentido são considerados justos: 60% dos entrevistados apontaram que a Agência de Fiscalização (Agefis) atua igualmente em áreas de pessoas com maior e menor poder aquisitivo.
Os dados constam da pesquisa de opinião da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) sobre a atuação da Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis), apresentada nesta segunda-feira (3) no Salão Nobre do Palácio do Buriti.
Foram ouvidos por telefone, de 6 a 17 de março deste ano, 4.377 moradores de todas as regiões administrativas. A pesquisa foi feita via central de atendimento ao cidadão (telefone 156).
Para o governador Rodrigo Rollemberg, os resultados demonstram que as pessoas querem os espaços públicos democratizados. “Esse apoio mostra uma percepção de que o Lago Paranoá é dos locais mais preciosos do Distrito Federal e precisa ser compartilhado por todos. O lago é a nossa praia, e a praia não pode ser privatizada. É um espaço de entretenimento e lazer gratuito”, defendeu, durante a apresentação dos números.
O governador destacou ainda ações feitas pelo governo de Brasília no que diz respeito à legalidade, como as mais de 25 mil escrituras entregues e as mudanças no Programa de Apoio ao Empreendimento Produtivo do Distrito Federal (Pró-DF).
Quando questionados se já ouviram falar das ações da Agefis para desobstruir a orla do lago Paranoá, 93% dos respondentes disseram que sim. A ação é considerada necessária para 85% dos entrevistados, e 75% acreditam que não houve excessos por parte da agência de fiscalização.
No entanto, 52% acreditam que a operação não resolveu o problema. “Até aqui, nós fizemos a desobstrução. A população apoia, entende que é correto, mas quer usufruir do lago. E como ainda estamos fazendo as obras de infraestrutura, 52% acham que esse trabalho é insuficiente”, frisou Rollemberg, que acredita que os números tendem a melhorar quando o espaço for devolvido para uso da comunidade.
A diretora-presidente da Agefis, Bruna Pinheiro, disse não haver justificativa para ocupação de áreas públicas. Sobre a orla, completou: “Estamos ouvindo a população e temos um projeto muito bem definido. A desocupação é pré-requisito para qualquer outra coisa, não dá para desenvolver um projeto sem ter acesso ao local”.
A apresentação dos dados foi feita pelo presidente da Codeplan, Lucio Rennó. “Essa pesquisa faz parte do nosso Laboratório de Avaliação da Gestão Pública, onde desenvolvemos novas tecnologias de acompanhamento e de avaliação dos serviços prestados pelo governo”, explicou.
O secretário de Gestão do Território e Habitação, Thiago Teixeira de Andrade, também participou da mesa.
Impacto das grilagens de terras no DF
Além da desocupação da orla do Lago Paranoá, os entrevistados foram questionados sobre as ações e atribuições da Agefis.
Os entrevistados demonstraram ter consciência dos prejuízos da grilagem de terra. Quando questionados sobre a principal consequência disso no dia a dia, a falta de água aparece com 27%, seguida dos hospitais superlotados, com 25%.
As percepções, no entanto, diferem-se quando avaliadas por grupo de renda. Para o grupo 1, de alta renda, formado por regiões como Lago Sul e Park Way, a falta de água lidera, com 30%. Já para o grupo 4, de baixa renda, a principal consequência apresentada são os hospitais superlotados (29%). Nesse grupo encontram-se regiões como Paranoá e Recanto das Emas.
A solução para a grilagem, na visão do grupo de alta renda, é combater as invasões de terra (30%). Para o de baixa renda, é aumentar os programas de moradia (44%).
Dos participantes, a grande maioria (90%) já tinha ouvido falar da Agefis. Os resultados também apontam que 51% classificam a atuação da autarquia como ótima ou boa, 34% são neutros e 15% desaprovam.
Fonte: Agência Brasília
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