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Maria da Penha ONLINE Governo do Distrito Federal
10/12/12 às 13h23 - Atualizado em 3/01/19 às 10h53

ANO DE VALORIZAÇÃO — Entrega do prêmio José Aparecido de Oliveira emociona público

Nesta última sexta-feira, 07/12, no dia em que Brasília comemorou os 25 anos do título de Patrimônio Cultural da Humanidade concebido pela Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura (Unesco), a Secretaria de Cultura em parceria com a Sedhab realizou a entrega do V Prêmio José Aparecido de Oliveira.

A honraria é um reconhecimento às ações preservacionistas relativas à Brasília, Patrimônio da Humanidade. Puderam participar pessoas físicas e jurídicas.

O vencedor foi o Projeto Re(vi)vendo Êxodos, coordenado pelo professor Luís Guilherme Batista.
Desenvolvido com alunos da rede pública de ensino, o trabalho que começou em 2001, tem por base a realização de pesquisa bibliográfica e de campo visando a construção de dossiês, portfólios, vídeos, boletins informativos, fotografias sobre patrimônio material e imaterial de cidades escolhidas para ser abordada durante determinado ano. Anualmente é realizada uma mostra no Espaço Cultural Renato Russo (508 sul) com diversas fotos.

Emocionado, Luís Guilherme parabenizou os docentes envolvidos no projeto e destacou que “ele só existe porque os alunos acreditam nele. Nosso objetivo é tornar estas pessoas sensíveis, participativas e críticas”.

“A entrega deste prêmio faz parte das ações do Ano de Valorização. É uma parceria dos órgãos de governo para iniciar um processo de diálogo para estipular qual o conjunto de políticas públicas nós queremos visando a preservação de Brasília”, discursou o secretário interino, Rafael Oliveira.

Ao falar sobre o prêmio, o secretário de Cultura, Hamilton Pereira, fez uma bela homenagem ao arquiteto/poeta das curvas de concreto e um dos criadores de Brasília, Oscar Niemeyer, morto dia 05/12. “Brasília acolheu de forma emocionada um homem que todos nós imaginamos que seria eterno. E nós tínhamos razão: ele será eterno.”, pontuou o secretário.

Hamilton também fez referência ao ex-governador José Aparecido de Oliveira, afirmando que “ele foi capaz, ao longo da Ditadura, produzir inúmeros serviços à cultura do País”.

O Secretário concluiu agradecendo as pessoas que “na nossa cidade, produzem propostas, projetos, protestam, criam um ambiente de vida, de democracia, que nos ajudam a construir uma perspectiva dialogada para a preservação do patrimônio, que é o que celebramos ao premiar os trabalhos inscritos. Por isso, eu quero manifestar a convicção de que a proteção do patrimônio não é apenas uma atribuição do Estado. Se for apenas uma atribuição do Estado, seguramente o patrimônio não será preservado. Então eu creio que é indispensável a participação da sociedade para que a gente encontre soluções que sejam duradouras.”

Projeto Re(vi)vendo Êxodos
O Projeto Re(vi)vendo Êxodos, em parceria com o Clube dos Pioneiros de Brasília, o ICMBio e o Iphan, tem o propósito de trazer para os alunos da rede pública uma formação intelectual e emocional, que possibilite a transformação em cidadãos críticos, participativos e sensíveis.

As pesquisas e ações desenvolvidas pelos alunos estão embasadas em três eixos: Identidade (cidadania, ética, comportamento, relações); Patrimônio (material e imaterial, construções sociais e culturais) e Meio Ambiente (cerrado, fauna, flora, preservação, tecnologias e ciências,). Atualmente, o Projeto é desenvolvido no Centro de Ensino Médio Setor Leste, no Centro de Ensino Fundamental 104 Norte e na escola Nova Betânia em São Sebastião; e está sendo levado a outras escolas públicas do Distrito Federal.

As ações são realizadas em conjunto e as experiências compartilhadas. Os alunos realizam extensa pesquisa bibliográfica e de campo, com a abordagem de temas contemporâneos e o aprofundamento experimental. Ao longo do ano os alunos desenvolvem dossiês, portfólios, vídeos, boletins informativos, cartazes, folders, encenações, uma monografia escolar e apresentam seminários. Além disso, os alunos visitam as cidades estudadas realizando entrevistas e pesquisas sobre o patrimônio imaterial dessas comunidades.

O ápice do projeto acontece durante a caminhada quando aproximadamente 100 pessoas, entre estudantes, monitores e professores, bombeiros, destacamento do exército e da polícia ambiental atravessam territórios vizinhos à capital federal. Em geral, a caminhada tem duração de duas semanas e os dias são divididos entre longos percursos a pé, aulões e programação cultural.

A Comissão Julgadora também concedeu Certificado de Menção Honrosa ao “A Educação pela Arte – o caso Brasília / A Educação pela Arte – o caso Garagem”, proposto pela ex-secretária de cultura do DF, Maria de Souza Duarte.

Com informações da Secretaria de Cultura
http://www.sc.df.gov.br/