Começou hoje a construção do Paranoá Parque, mais um empreendimento do Morar Bem, o Programa Habitacional do Distrito Federal. Serão 6.240 apartamentos de dois quartos destinados a famílias cuja renda mensal não passa de R$ 1.600. Todas elas estão inscritas no Novo Cadastro da Habitação – uma das ferramentas do Morar Bem, e pagarão pelo lugar onde vão morar. O preço dos apartamentos é R$ 65 mil, financiado pelo programa Minha Casa, Minha Vida, por meio da Caixa Econômica. O Paranoá Parque é o primeiro empreendimento do DF financiado pelo programa habitacional do Governo Federal.
O empreendimento será erguido na área conhecida como Pinheiral, em frente à entrada do Paranoá. O local foi doado ao GDF e a derrubada dos pinheiros foi autorizada pelo Instituto Brasília Ambiental-Ibram. O Governo, por meio da Sedhab, entregará os apartamentos por etapas. A expectativa é entregar os 600 primeiros em dezembro deste ano.
As obras de infraestrutura no Paranoá Parque custarão R$ 45 milhões e vão implantar água encanada, esgoto, luz, iluminação pública, drenagem pluvial, pavimentação, calçadas e meios fios. O dinheiro virá do empréstimo do GDF junto à Caixa Econômica Federal e será repassado à Direcional Engenharia S.A, empresa vencedora da licitação para construir os prédios. Os recursos são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) voltado ao Minha Casa, Minha Vida.
A opção do GDF em construir apartamentos em vez de casas se deve à realidade fundiária do DF. Por causa da política habitacional equivocada de 20 anos atrás, em que a pessoa recebia um lote em um área sem qualquer infraestrutura, e sem qualquer planejamento construía uma casa, a opção é pela chamada verticalização das construções. “O DF não dispõe mais de terrenos para se construir casas, a chamada horizontalização, pois o surgimento de cidades inteiras nos anos 90 consumiu a maior parte de nosso espaço”, explica o Secretário Adjunto de Habitação, Regularização e Desenvolvimento Urbano, Rafael Oliveira. Ele lembra que a verticalização também representa economia de dinheiro, pois fica mais barato implantar infraestrutura em um empreendimento de edifícios.