Saída seria uma política para economia de água
Os secretários de Gestão do Território e Habitação, Thiago de Andrade, e do Meio Ambiente, André Lima, defenderam na última segunda-feira, 16 de março, a criação de uma política de governo para promover a economia da água em área urbana. “É preciso ter uma política clara de economia da água em área urbana para promover o reúso da água e sua racionalização”, propôs o secretário.
A proposta foi prontamente apoiada pelo secretário André Lima, que determinou a inclusão do tema no Mapa do Caminho das Águas. O mapa é uma agenda de mobilização do poder público e da sociedade sobre o tema da água para os próximos quatro anos, capitaneada pela Sema, e que será lançada durante as comemorações do Dia Mundial da Água.
A defesa da nova política foi apresentada por Andrade durante o 1º Seminário de Integração Secretaria de Meio Ambiente e GDF, realizado no dia 16 de março, no Centro de Convenções de Brasília. Não é possível deixar que iniciativas de reutilização ou racionalização do uso da água sejam tomadas apenas pelos consumidores, sustentaram os secretários.
Integração
O seminário contou com a participação dos secretários de Agricultura, José Guilherme Leal; da Ciência e Tecnologia, Paulo Salles; o subsecretário de Resíduos Sólidos da Sema e vice-diretor do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Paulo Celso. Estiveram presentes ainda a presidente do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), Jane Maria Vilas Bôas, o presidente da Caesb, Maurício Luduvice, o diretor da Adasa, Diógenes Mortari, e os representantes da Novacap, Antônio Coimbra e Eliene Navarro.
O seminário tem o propósito de tratar a questão ambiental de forma integrada com os órgãos do Governo do Distrito Federal, anunciou André Lima. Segundo ele, essa é uma necessidade para alcançar o objetivo mais amplo de “tocar o coração da sociedade” sobre a sustentabilidade ambiental.
O secretário José Guilherme apresentou algumas das atividades da Secretaria de Agricultura que dizem respeito à questão ambiental. Citou entre elas, a instituição de uma política agroecológica e de produção orgânica, a necessidade de avançar na implantação do Código Florestal e o propósito de instituir um plano distrital de manejo e conservação da água e do solo. Guilherme defendeu ainda avanços no licenciamento ambiental.
ZEE
A conclusão do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) foi mencionada no seminário como uma das medidas necessárias para o Distrito Federal avançar no desenvolvimento das políticas ambientais por todo o governo. Na avaliação de Thiago Andrade, sua aprovação é necessária antes do Plano de Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT). A finalização do zoneamento também foi defendida pelo presidente Maurício Luduvice, da Caesb.
O secretário André Lima anunciou esta semana na Câmara Legislativa que a Sema vai apresentar ao governador Rodrigo Rollemberg a proposta do ZEE, que tem a água como foco central da sustentabilidade ambiental do DF. O zoneamento será submetido à votação parlamentar
Fonte: Ascom Ibram