Dados da leitura comunitária e técnica serão analisados para construir os objetivos do PDOT
A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) apresentou aos integrantes do Comitê de Gestão Participativa (CGP) e aos técnicos da pasta uma proposta inicial de metodologia de construção de cenários, que poderá ser aplicada na segunda etapa da revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT).
A iniciativa foi mostrada em reunião na quarta-feira (27) e consiste em como os dados da leitura comunitária e técnica serão correlacionados e analisados, para construir os objetivos do futuro Plano Diretor. A criação de cenários faz parte da fase de prognóstico do PDOT, que também inclui a definição e priorização das tendências e das incertezas no processo de revisão para construir a visão de futuro, identificando qual caminho o Plano Diretor deverá seguir.
“Estamos trazendo a metodologia para poder construir ela com o CGP. É uma proposta inicial, um ponto de partida para podermos discutir. A ideia é aprimorar ela com o CGP, em conjunto com os técnicos, ficando o mais alinhado possível”, afirmou a subsecretária de Políticas e Planejamento Urbano da Seduh, Juliana Coelho.
Responsável pela apresentação da metodologia, a assessora da Diretoria de Planejamento e Sustentabilidade Urbana da Seduh, Denise Guarieiro, explicou que o objetivo final da técnica de criação de cenários não é apenas pensar no futuro, mas apoiar processos mais informados de tomada de decisões e criação de políticas públicas.
“O cenário não prevê o que vai acontecer, mas coloca um conjunto de futuros possíveis, para termos a confiança de atuar e tomar uma decisão. Criamos cenários de vários tipos, levantamos algumas questões e a partir da construção de cenários começamos a observar as oportunidades e as ameaças para o Distrito Federal”, comentou Denise Guarieiro.
Representante do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal (CAU-DF), Ludmila Correia elogiou o esforço da Seduh na construção da metodologia e no rigor técnico na análise de dados. “Concordo que podemos pensar um aprimoramento na metodologia, com uma simulação mais rica de cenários, no sentido de conseguir, a partir de diferentes caminhos possíveis, saber saídas possíveis também. Mas ao mesmo tempo, não seria algo para fechar agora, e sim, para ser construído ao longo do processo”, pontuou.
A equipe técnica informou que as considerações e sugestões apresentadas pelo CGP serão analisadas e discutidas junto à Seduh e durante as próximas reuniões do comitê. Também reforçou que o prazo para envio das contribuições da população às reuniões livres, organizadas pela própria comunidade para discutir o PDOT, se encerra neste domingo (31).
Os próximos encontros do CGP serão em reuniões extraordinárias, previstas para 3 e 17 de abril, respectivamente, às 14h30 e às 19h.
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